Lamentavelmente este blogue e o tempo que perco com ele não me levam o pão à mesa, por isso nem sempre é prioridade na minha vida, mas vou tentar pôr-vos ao dia com tudo o que tenho feito e aprendido.
E já que falo de pão, vamos explicar o que é isto de Pão das Cavernas...
Para quem se vai mantendo actualizado com tudo o que se passa no mundo da nutrição e alimentação humana, sabe que há uma dieta muito badalada de nome Dieta Paleolítica ou Paleo Diet, que está cada vez mais na moda!... Eu, na verdade, não sou muito de tendências, mas há algo nesta dieta que converge com a minha forma de pensar.
Basicamente os seguidores desta dieta alimentam-se de carne, peixe, ovos, frutos e bagas (de preferência silvestres), frutos secos, sementes, vegetais e tubérculos. Não entram na Paleo Diet, os cereais, leguminosas, bolachas, enchidos, leite e tudo o que sejam produtos processados.
Basicamente é uma dieta onde a premissa é comer o que os nossos antepassados do paleolítico comiam. Alimentos que a natureza dispôs para nós, verdadeiros, não processados, alimentos ricos em nutrientes e que o corpo reconhece. Mais do que uma dieta, a Paleo Diet é um estilo de vida, que para alem de aconselhar alimentos aconselha a actividade física e o bem estar em geral.
Diabéticos, celíacos e outras pessoas com algumas alergias alimentares (aos cereais, lacticínios, etc) podem beneficiar-se com com esta dieta.
Diabéticos, celíacos e outras pessoas com algumas alergias alimentares (aos cereais, lacticínios, etc) podem beneficiar-se com com esta dieta.
O que mais me agrada a mim particularmente é comer carne!.. Como bom comedor de carne que sou, está dieta faz 100% o meu tipo!... A proteína é o macronutriente central na Dieta Paleo, e como tal, faz todo o sentido explorar este tipo de dieta na procura de soluções proteicas de qualidade e limpas de ingredientes vazios.
Para quem pretende iniciar-se ou perceber um pouco mais desta dieta pode clicar aqui. Vão encontrar um pequeno Tutorial explicando de forma simples o que é isto de comer como os nossos antepassados comiam!
E agora vamos lá tratar deste pão!
Bem, antes devo dizer que eu tenho uma costela de padeiro e talvez por isso me é difícil chamar de Pão a este tipo de receitas, contudo, vou manter a denominação de pão para não confundir as vossas cabecinhas.
Esta é a minha primeira tentativa de fazer um pão sem farinha (de trigo, centeio, aveia, etc). Tirando a broa de milho nunca fiz pão nenhum sem ajuda dessa substância elástica e mágica presente na maior parte dos cereais chamado de glúten!... sim esse que mata, dizem por aí!! Na verdade eu não posso dizer que tenha algo contra o glúten, nos meus bons tempos o meu Pai chegava a casa com 40 pães e eles desapareciam como se de um buraco negro se trata-se! bem... Eram quatro buracos negros mais precisamente!... Os meus irmãos e eu quando chegávamos da escola éramos quais almas insaciadas, quais cães esfomeados e cegos com a vontade de devorar 40 papo-secos com marmelada e manteiga como se não houvesse amanhã!... Sim, na verdade devo ter ingerido gluten suficiente para matar uns quantos celíacos!!..
Hoje já não sou assim, hoje sou consciente, e sobre tudo, hoje o meu metabolismo não é o mesmo que era a vinte anos atrás!... O glúten pode ser muito mau para o organismo e cada vez há mais provas disso mesmo, mas que faz maravilhas na culinária ai isso é que faz!
Já me alonguei que chegue nesta conversa de chacha, vamos la tratar do que interessa!
Para fazer este Pão vamos precisar de:
110g Farinha de coco
50g Sementes de linhaça dourada moída eu usei isto da Linwoods
250ml Água (ou mais)
5 Ovos XL
50ml de azeite (ou óleo de coco, ou até mesmo manteiga)
2 Colheres de sopa de Mel (opcional)
1 Colher de chá de vinagre de sidra
1 Colher de chá de bicarbonato de sódio ou fermento para bolos
1 Pisca de Flor de sal
Como podem verificar pelos ingredientes, vamos obter um pão com muita proteína, baixo em hidratos de carbono e com uma densidade em nutrientes excelente!
Aconselho a seguir a receita tal e qual como está, não se aventurem já a fazer grandes mudanças, primeiro dominem a técnica e depois comecem a arriscar. Se por ventura a massa ficar muito seca adicionem mais água. A farinha de coco tem muita fibra (37%) e absorve muita água!... Os ovos podem ser de tamanho diferente aos que eu usei e isso vai alterar as contas em termos de humidade.
A massa tem que ficar grosseira e não muito líquida, tem que conseguir escorrer do recipiente para a forma.
- Colocar de molho as sementes de linhaça na água por 10 minutos ou mais.
- Juntar os ingredientes secos num processador de alimentos (Para quem não tem aparelhos destes em casa e vai mexer à mão, mexer bem com um garfo ou whisk).
- Bater (noutro recipiente) os ovos, azeite, vinagre de sidra e mel.
- Juntar os ovos batidos e as sementes de linhaça com a água aos ingredientes secos e mexer até conseguir uma massa homogénea.
- Se a massa começa a ficar muito seca e dura adicionar mais água até conseguir uma massa consistente não tão líquida como a massa de um bolo mas não tão dura como para moldar.
- Untar uma forma de bolo inglês com óleo de coco e polvilhar com farinha de coco. Usei uma forma pequena de 21 x 11cm.
- Verter a massa na forma e colocar no forno pré-aquecido a 170º durante 40 a 50 minutos ou até furar com um palito e este sair seco. (não abrir o forno até os primeiros 30 minutos de cozedura) .
- Deixar arrefecer na forma durante uma hora pelo menos.
Confesso que o resultado surpreendeu-me, não estava, de todo, nada convencido com esta receita. Fica uma espécie de pão mais maciço e sem aquela goma que o gluten confere ao pão convencional.
Deixo-vos aqui alguma imagens do resultado:
- Colocar de molho as sementes de linhaça na água por 10 minutos ou mais.
- Juntar os ingredientes secos num processador de alimentos (Para quem não tem aparelhos destes em casa e vai mexer à mão, mexer bem com um garfo ou whisk).
- Bater (noutro recipiente) os ovos, azeite, vinagre de sidra e mel.
- Juntar os ovos batidos e as sementes de linhaça com a água aos ingredientes secos e mexer até conseguir uma massa homogénea.
- Se a massa começa a ficar muito seca e dura adicionar mais água até conseguir uma massa consistente não tão líquida como a massa de um bolo mas não tão dura como para moldar.
- Untar uma forma de bolo inglês com óleo de coco e polvilhar com farinha de coco. Usei uma forma pequena de 21 x 11cm.
- Verter a massa na forma e colocar no forno pré-aquecido a 170º durante 40 a 50 minutos ou até furar com um palito e este sair seco. (não abrir o forno até os primeiros 30 minutos de cozedura) .
- Deixar arrefecer na forma durante uma hora pelo menos.
Confesso que o resultado surpreendeu-me, não estava, de todo, nada convencido com esta receita. Fica uma espécie de pão mais maciço e sem aquela goma que o gluten confere ao pão convencional.
Deixo-vos aqui alguma imagens do resultado:
Podem fatiar o pão, torrar e barrar com queijo ricotta, manteiga de amendoim, doce de fruta, mel, etc. Depois de torrado os sabores e aromas ganham outra dimensão.
Após esta experiência não tenho dúvidas que vou continuar nesta odisseia de fazer um pão com muita proteína, baixo em hidratos e o mais nutritivo possível.
Avaliação Final:
Este Pão surpreendeu pela positiva, é sem dúvida uma receita a experimentar. Muito bom, seja para comer "al natural", recheado ou barrado, é uma opção bem mais saudável que o pão tradicional. É pratico, pois podemos levar connosco e servir de snack portátil. As utilizações são muitas. Aqui deixo duas fotos onde podem ver uma torrada de Pão Paleolítico com manteiga de amêndoa e kiwi. Delicioso!
Após esta experiência não tenho dúvidas que vou continuar nesta odisseia de fazer um pão com muita proteína, baixo em hidratos e o mais nutritivo possível.
Avaliação Final:
Este Pão surpreendeu pela positiva, é sem dúvida uma receita a experimentar. Muito bom, seja para comer "al natural", recheado ou barrado, é uma opção bem mais saudável que o pão tradicional. É pratico, pois podemos levar connosco e servir de snack portátil. As utilizações são muitas. Aqui deixo duas fotos onde podem ver uma torrada de Pão Paleolítico com manteiga de amêndoa e kiwi. Delicioso!
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